No vasto campo do agronegócio, existe uma sombra que paira sobre muitos produtores e empresas: os perigos das implicações fiscais. O risco de ser processado e até mesmo preso por questões tributárias se tornou uma realidade preocupante, especialmente no contexto da não declaração, sonegação e falta de recolhimento de impostos, como por exemplo no caso do FUNRURAL.
Os labirintos legais que envolvem as leis tributárias, como os artigos 34 da Lei 9.249/95 e 9º da Lei 10.684/03, podem parecer distantes, mas suas consequências são muito reais. Eles estipulam a extinção da punibilidade mediante o pagamento prévio do tributo ou contribuição social antes do recebimento da denúncia. Mas essa é uma jornada cheia de complexidades.
A Lei nº. 9.983, de 14 de julho de 2000, adiciona um elemento de urgência ao cenário, onde a punibilidade pode ser extinta apenas se o agente, voluntariamente, declara, confessa e quita as contribuições antes mesmo do início da ação fiscal. Isso não é apenas um chamado para regularização, mas uma necessidade premente para evitar repercussões legais.
No entanto, o caminho para a conformidade fiscal não é simples. Ele exige um guia especializado, um contador e um advogado familiarizados com as intricadas nuances das obrigações tributárias. A falta de orientação pode ser catastrófica, levando a processos penais e agravando ainda mais a situação.
Esses desafios não são meramente teóricos, são ameaças tangíveis ao sustento e à liberdade dos agentes do agronegócio. A não observância das leis tributárias pode levar não apenas a multas pesadas, mas também a consequências jurídicas severas, incluindo a prisão.
O segredo para navegar nessas águas turbulentas não é apenas o pagamento em dia, mas também o reconhecimento antecipado das obrigações fiscais e a busca por orientação especializada. Esses são os coletes salva-vidas nesse mar de complexidades tributárias, garantindo a segurança contra processos e mantendo a integridade do negócio rural.
A conformidade fiscal não é apenas uma caixa para ser marcada, mas sim a âncora que mantém os negócios do agronegócio seguros e prósperos. A responsabilidade tributária não é apenas uma formalidade, é a linha divisória entre o sucesso e o desastre no setor agrícola.
Portanto, a necessidade de agir de forma proativa, buscar orientação e cumprir as obrigações fiscais é uma questão de sobrevivência no campo do agronegócio. A regularização não é apenas uma opção, é a única rota para a segurança e o progresso neste ambiente desafiador e implacável.
Felipe Di Benedetto Jr.